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Argentina quer aumentar importação de gás da Bolívia, mas depende do Brasil, dizem fontes

Argentina quer aumentar importação de gás da Bolívia, mas depende do Brasil, dizem fontes

06 de Abril de 2022
https://economia.uol.com.br

LONDRES, BUENOS AIRES, LA PAZ (Reuters) - A Argentina está negociando aumentar drasticamente as importações de gás natural da Bolívia para entre 16 milhões e 18 milhões de metros cúbicos por dia durante o inverno do Hemisfério Sul, disseram quatro fontes à Reuters, embora o plano dependa que seu gigante vizinho Brasil garanta seu apoio.

O país sul-americano está buscando suprimentos alternativos de gás depois de ser duramente atingido pelo aumento dos preços do gás natural liquefeito (GNL) devido à guerra na Ucrânia, que ameaça causar um profundo déficit comercial de energia este ano.

Uma segunda fonte do governo argentino e uma fonte da indústria com conhecimento direto das negociações disseram que o acordo para aumentar as importações de gás da Bolívia está sujeito a negociações com o Brasil. O acordo seria para o período de inverno de três meses.

O ministro da Economia da Argentina, Martín Guzmán, viajará ao Brasil na sexta-feira e se reunirá com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, entre outros.

"No momento, o Ministério de Minas e Energia não tem expectativa de que o Brasil demande menos gás da Bolívia", disse a pasta em resposta à Reuters.

Emilio Apud, ex-secretário de energia da Argentina que agora dirige uma empresa de consultoria, estava cético sobre o tamanho do acordo, a menos que o comprador rival da Argentina, o Brasil, desista de parte da demanda que já concordou com a Bolívia.

Outra fonte da indústria familiarizada com o assunto disse à Reuters que o Brasil está disposto a permitir que parte de sua cota de gás boliviana seja redirecionada para a Argentina por causa das fortes chuvas que estão aumentando sua produção de energia hidrelétrica.

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